sábado, 30 de julho de 2011

Tentativa expressiva II

Eu, que ainda não sei quem sou e o que faço, arisco-me a falar sobre algo. É me tão desconhecido, que nem eu mesmo que escrevo sobre possuo conhecimento deste. Na verdade creio que esta sensação de desconhecimento de causalidade seja medo. Medo de mudança. Eu que sempre me julguei inconstante impulsivo adepto a valorização das novidades e descobrimentos, desvendo-me agora inapropriadamente careta, preso ao monótono e sem ação, minhas perspectivas continuam as mesmas, mas sinto que o navio que levaria-me a um horizonte melhor não passe de um cruzeiro niilista, com ausência de finalidade ou resposta a aquilo que busco. Não é vazio nem oco, é perturbador. E ausentado de qualquer presença esforço-me a encontrar palavras que expressem talvez aquilo que seja inexpressivo. É difícil dar nome a aquilo que não deseja ser mensurado e compreendido. Escapa-me agora, porém, o feixe de luz o qual destinava-me a salvação, sinto-me neutro, esvaziado de qualquer opnião, até mesmo sobre o que antecedentemente era dito. Oscilo-me entre o declarado e o reprimido.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Tentativa expressiva I

Day after day, my darling. Exatamente num tempo pós após infindável cresta-se sobre minha face a fictícia máscara do meu não ser subordinado por outrem. Tampouco meu comportamento esquivo realístico se restringe tão somente a meu infinito privativo de socialização neste período tão só e frio em que encontro-me inoperante sobre minhas próprias vontades obrigando-me a estar a merce do mundo para assim lhe satisfazer por minha falta de liberdade perseverante induzida por consequências agradáveis a longo prazo. Encontro-me então presentemente desolado com o mundo mas incompreensível fantasiado demasiadamente em meu interior como fuga irreal buscando apenas ser feliz de um modo não muito convencional apenas por incompreensão alheia na qual obriga-me a esconder minha real persona perante ao concreto. Sei que demonstrei-me em primeiro momento excessivo hiperbólico, mas fascina-me o modo exagerado e arriscado em que me ponho a enunciar expressamente minha escrita desajeitada aparentemente afetada e sem nexo contudo desatina-me o exercício no qual exponho meu modo de forma expressa a qualquer que possua aprendizagem de leitura e a possa efetuar em desconhecido momento.