sábado, 2 de junho de 2012

 Eu queria ir pra um lugar onde eu tivesse uma sensaçãozinha, ilusória que fosse, de que tinha alguém prestando atenção em mim. Achei que era aqui. É?  não sei. Me enfiei em casa e não saí. Um desgosto. Leio o tempo todo. Sento no jardim. Ouço música. Tento escrever, mas não sei se quero ou se preciso, e não consigo. Umas carências. Descobri John dos Passos, mas não é suficiente pra encher esse oco que não sei do que é. Mas tomo copos de leite, durmo bastante, e repito sempre que, seja o que for, vou sair desta pelo menos mais sadiozinho. Deve ter algum processo em andamento dentro de mim, querendo explodir de alguma forma. Ou esse desgosto é já um jeito de ser? Se for assim, não quero acostumar. Se quatro anos de análise não deram jeito nele, quem dá? Vezenquando penso no Maurinho, com a sua cientologia. Depois, penso também naquele quase velho poema do John Lennon: “I don’t believe in yoga/ I don’t believe in mantra/ I don’t believe in God/ I don’t believe in Freud/ I don’t believe in drugs/ I don’t believe in sex/ I don’t believe in Beatles” e termina com um acorde profundo de guitarra e um “I just believe in me”. Mas nem isso. Tantos trancos. E o meu olho nem conseguindo ver mais nada bonito. Queixas, queixas. Sorry.



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